• Entrar
logo

O Futuro indígena é hoje. Sem demarcação não há democracia!

O mês de abril é considerado o Mês Indígena devido às intensas mobilizações dos povos originários que ocorrem nesse período. Um dos motivos é o dia 19 de abril, antes considerado como “O Dia do Índio” e atualmente o “Dia dos Povos Indígenas”.  Nesse período, ocorrem as mobilizações do Acampamento Terra Livre (ATL), que se configura como a maior assembleia do país, composta pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e reune mais de seis mil acampados, ocupando a Praça da Cidadania, a Esplanada dos Ministérios e a região ao lado do Teatro Nacional, na capital federal. 

No início de 2023, aconteceu uma série de tragédias com o Povo Yanomam.i,Foram registradas mais de 40 mortes devido a desnutrição grave, diarreia, pneumonia e doenças associadas à fome, causadas pelo desgoverno de Bolsonaro nos anos anteriores.  Essa calamidade sanitária e as execuções de indígenas no extremo sul da Bahia mostram as consequências graves da falta de atenção do poder público e da não demarcação dos territórios dos povos originários. 

Do dia 24 ao 28 de abril houve uma intensa programação, com mais de 30 atividades como plenárias, rodas de conversas, coletivas, noite cultural, marchas e atos em frente ao Congresso Nacional, com o mote “O futuro indígena é hoje. Sem demarcação não há democracia!”, que reforça a importância do olhar do governo para essa questão, que ficou paralisada nos anos anteriores pelo governo Bolsonaro que atuou em favor do agronegócio predador, do garimpo ilegal e das madeireiras. Os maiores objetivos são o enfrentamento de Projetos de Lei, PLs, Anti-Indígenas, em especial o PL 191, considerado um pacote de destruição, que libera a mineração nas terras dos originários.  

No último dia do ATL, o presidente Lula anunciou a homologação das primeiras Terras Indígenas de seu novo mandato. Eram processos envolvendo seis novas reservas, que ficaram congelados no governo Bolsonaro.  A 19° edição do Acampamento Terra Livre no Distrito Federal, na luta por direitos constitucionais, ficou marcado pelo reconhecimento dos direitos dos povos originários, mas há muita luta pela frente. Foram cinco dias de mobilização nos quais cerca de 6 mil indígenas ecoaram gritos de resistência em Brasília. A manifestação é um chamado de sobrevivência, para uma mudança de atitudes e valorização da diversidade étnica e cultural. Além da necessidade da participação dos povos indígenas em instâncias de poder.  Não podemos permitir que suas terras sejam invadidas e suas culturas apagadas. 

Demarcação Já! Democracia é demarcar!


Topo