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DF - Dia 4 de maio tem greve dos professores!

No último dia 26 de abril, os professores da rede pública se manifestaram pelo cumprimento  do piso salarial, contra a reforma do Novo Ensino Médio e outras pautas em defesa das condições de trabalho da categoria. Foram movimentações em todo o país. No Distrito Federal houve uma assembleia ao lado da Torre de TV na qual os professores definiram que entrarão em greve no dia 4 de maio. Pela lei é preciso aguardar 72 horas, após aprovação em assembleia, para que comece a paralisação das aulas oficialmente. Logo após a votação, os professores do DF marcharam até o Palácio do Buriti, sob os gritos “Professor na rua, Ibaneis a culpa é sua!” anunciando a greve em um ato simbólico e necessário. 

De acordo com a legislação, o piso salarial deve ser reajustado anualmente em janeiro, acompanhando o  reajuste dos repasses do Fundeb. Porém, mesmo sendo lei, poucos estados e municípios aplicam esse reajuste. É preciso que haja muita luta dos educadores e educandos para fazer a lei valer. No DF, por exemplo, desde 2015 não há reajuste salarial, o que coloca a remuneração dos professores e orientadores educacionais abaixo do piso. Foi comunicado um reajuste de 6% para iniciar em julho de 2023, porém esse número ainda é insuficiente para reparar esses mais de 8 anos de descaso com educação, segundo mostra o Sindicato dos Professores (SINPRO). Em São Paulo, estado com a maior arrecadação do país, quando a Lei do Piso foi aprovada em 2008, os salários dos professores estavam quase 60% acima do piso. Hoje, a maior parte dos professores efetivos da rede, com anos de carreira, passou a receber um abono para chegar ao piso, que se transformou em teto. Embora o governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) minta na imprensa ao  esconder que  descumpre a lei, destrói a carreira dos efetivos e mantém o piso abaixo de 2900 reais.

É necessária a luta  dos educadores, a exemplo da paralisação no DF. A greve é o último recurso para exigir respeito e valorização da carreira do Magistério Público. A realizaçao de assembleias, reuniões, atos públicos e outros protestos para denunciar a situação e pedir apoio da população para essa luta, politiza a categoria e fortalece a luta nacional.

Não é à toa que essa profissão não é valorizada pela maioria dos governos de direita do país. Afinal, a educação é um direito da classe trabalhadora que pode fazê-la pensar de forma crítica e isso é perigoso para o sistema. Quanto mais desvalorizados forem os professores, mais precária é a educação e mais alienada ela se mantém. É um projeto e a educação não pode ser mercadoria! 

Todo apoio aos professores nessa luta! É greve dia 4 de maio por tempo indeterminado! 


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