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Classe trabalhadora exige a valorização do salário-mínimo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, no dia 1º de maio, o reajuste do salário-mínimo, de R$1302 para R$1320, ou seja, um aumento de R$18 que corresponde a 8,91% a mais em relação a dezembro do ano passado. É o segundo reajuste deste ano e garantirá um aumento real de 2,8% em 2023. Mesmo sendo um valor ínfimo, a decisão ainda é provisória, tendo validade de 120 dias. Para continuar em vigor, o Congresso Nacional precisa aprovar o novo reajuste até o final deste período. Junto ao reajuste do mínimo, o governo anunciou a correção da tabela do imposto de renda, que estava defasada desde abril de 2015, isentando quase 14 milhões de brasileiros, o que melhorará a renda das camadas mais pobres.

O custo de vida da classe trabalhadora, que já era alto, aumentou com a deterioração das condições de vida no último período de avanço da inflação e desemprego em massa. Muitos tiveram contas de água e luz cortadas, nomes no SPC, geladeiras vazias. O trabalhador já sai de casa endividado, pois seu salário mal dá para pagar as contas básicas. De acordo com o DIEESE, em abril de 2023, o salário-mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.676,11. Ou seja, o reajuste dado pelo governo Lula ainda está muito aquém das necessidades dos trabalhadores, mas representa um ganho, junto a outras políticas que promovem a queda nos preços e que garantem mais recursos às famílias de baixa renda.

De fato, os reajustes do salário-mínimo terão um grande impacto para população brasileira seja direta ou indiretamente, abrangendo beneficiários e serviços que têm como referência o piso nacional, como abono salarial PIS/Pasep, Benefício de Prestação Continuada (BPC), Aposentadorias, benefícios e pensões do INSS, seguro desemprego, seguro defeso, empregados do setor privado e público, e trabalhadores informais.

No entanto, devemos exigir mais do que esse reajuste de apenas R$18. É preciso lutar por políticas públicas para conter a inflação e valorizar a renda da classe trabalhadora. A retomada da política de aumento real do salário-mínimo, abandonada por Bolsonaro, é um passo importante que o governo Lula promete dar, mas precisa ser acompanhada de uma reforma tributária e do crescimento da geração de empregos, políticas que dependem das negociações com o Congresso Nacional. A população, cansada de pagar tantos impostos embutidos em suas contas básicas, como água, luz, gás de cozinha, aluguel, transporte, mercado e outros, quer que o governo avance nas políticas que a favorece. Para isso, será necessário organizar os trabalhadores, com seus métodos de luta, pois o governo Lula sofre pressão da burguesia que quer explorar a classe trabalhadora e enfrenta as barreiras impostas pelos representantes do capital nas instituições.

 

Foto: portal CTB/Agências


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