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28 de junho: dia Internacional do Orgulho LGBTQIAP+

A data foi escolhida em homenagem a uma das maiores reivindicações e luta organizada dessa comunidade nos Estados Unidos,  a Revolta de Stonewall. que ocorreu em 1969. Stonewall Inn era um bar no vilarejo de Greenwich, que tinha como público principal os setores mais marginalizados da sociedade, como travestis, gays, michês, drags, pessoas em situação de rua, negros, etc. Era um espaço para além de diversão, pois envolvia anseios  de liberdade, inclusão, respeito e  luta. 

Desde 1966 (3 anos antes Revolta), o bar Stonewall Inn era controlado por máfias que subornavam policiais para poder manter seu funcionamento. Havia uma série de irregularidades, como falta de licença para vender bebidas alcoólicas, abuso de autoridade, entre outras. Quando  a ação policial foi mais agressiva, causou ao público reações de indignação. Liderados por Marsha P. Johnson e Sylvia Rivers, duas mulheres trans que fizeram todos se levantarem radicalmente e lutarem por seus direitos, os grupos  LGBTQIAP+ resistiram e não acataram as ordens impostas. 

A movimentação no bar foi tão intensa que as pessoas nas ruas se envolveram, criando uma enorme aglomeração, jogando latas, garrafas e pedras contra os policiais. Somente no dia seguinte, com a chegada da tropa especial de segurança pública, a rebelião terminou. A repercussão dos protestos causou novas revoltas e o público LGBTQIAP+ começou a tomar as ruas em busca de seus direitos, tentando dar um basta aos anos de violência e perseguição policial. 

Ao longo da história, a comunidade LGBTQIAP+ sempre esteve na linha de frente das revoltas por direitos democráticos. Mais recentemente, participou ativamente nas ações de 2020, principalmente as pessoas trans e negras, com enorme influência na mobilização para as manifestações Black Lives Matter, após o assassinato de George Floyd por um policial. Na Colômbia, em 2021, houve uma participação massiva dessa comunidade contra as reformas de Iván Duque durante a pandemia da COVID-19. No Brasil, também durante a pandemia, estavam nas lutas contra as políticas genocidas de Bolsonaro e todo discurso de ódio que incentivava a violência e a discriminação.  

O Brasil ainda ocupa o ranking do país que mais mata pessoas LGBTQIAP+ no mundo. Segundo o levantamento do Grupo Gay da Bahia (GGB), são por volta de 255 lésbicas, gays, bissexuais, travestis e trangêneros vítimas de violência por ano, ou seja, uma morte a cada 34 horas. Por isso, o Mês do Orgulho não deve ser apenas momento de encontros, festas e comemorações, como muitas marcas de produtos, que se apropriaram da pauta para obter lucros, nos faz pensar. É um momento de conscientizar as pessoas, relembrar a história, reivindicar direitos e fazer jus a Revolta de Stonewall. 

28 de junho é dia de luta.     
 

 


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