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Zema, o privatizador

O governo de Minas Gerais, do neoliberal Romeu Zema, busca minimizar ainda mais a participação do Estado nos serviços públicos. Seu próximo passo é a privatização da Companhia de Saneamento de MG, COPASA e da Companhia Energética, CEMIG. A bandeira de Zema sempre foi clara: gerir o estado como uma empresa, seguindo a lógica neoliberal do lucro e, para isso, quer privatizar empresas e serviços públicos, não sem antes sucatear para justificar, diante da população, a solução privatista. Está sendo assim com a Educação e a Saúde e foi assim com o metrô de Belo Horizonte. 

Em seu segundo mandato, iniciado em 2023, a justificativa para os sucateamentos e cortes de verbas, como base dos argumentos em favor da privatização  é o RRF (Regime de recuperação fiscal). O RRF se baseia na lógica mercadológica do Estado, em que todos os tipos de serviços públicos são vistos como gastos e não como o que realmente são: serviços públicos que não visam lucros e atendem a população que paga seus impostos para recebê-los. Para “organizar as contas” do governo esse plano prevê congelamento de salários de servidores públicos, diminuição em investimento nos serviços e a privatização de empresas públicas, como no caso da COPASA e da CEMIG. 

A COPASA e a CEMIG são empresas públicas que garantem o abastecimento de água, saneamento básico, energia elétrica e outros serviços essenciais à população mineira. As privatizações irão onerar a população, principalmente a mais pobre, pois, visando lucros, as empresas aumentarão o preço das tarifas e piorarão os serviços, como ocorreu em outros estados em que empresas equivalentes foram privatizadas. O discurso do governo mineiro sobre o funcionamento do Estado  tenta justificar a venda das empresas pela necessidade de gerar receitas, mesmo quando essas empresas, enquanto controladas pelo Estado já são geradoras de receita, de diversas formas.  

Para privatizar a COPASA e a CEMIG, Romeu Zema quer passar por cima da Constituição do Estado, que exige consulta prévia à população.  A ânsia pelas privatizações ,feitas de formas cretinas e autoritárias se deve ao fato de que em breve, o governo federal deve lançar o “novo ciclo de cooperação federativa” para substituir o atual modelo de  RRF estados, adotados pelos governos de Michel Temer e Bolsonaro. Vender estatais é lucrativo para os políticos de ocasião e atende aos interesses de grandes corporações que compram empresas lucrativas, construídas com dinheiro do povo, a preço de banana. São essas corporações que financiam as campanhas desses políticos, daí a pressa em realizar o processo antes da mudança no RRF. Em agosto de 2022, um levantamento realizado pelo Datatempo indicou que 65% da população é contra a privatização da CEMIG, 60% é contra a privatização da COPASA, e 54% é contra a venda da Gasmig. O esfacelamento e a destruição do Estado não têm apoio popular e o governador quer mudar a Constituição para não consultar o povo, pois sabe que vai perder. Assim, é dever do funcionalismo público estadual e de toda a população mineira se colocar contra o RRF de Zema! RRF NÃO! FORA ZEMA!
 


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