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MG: terceirizados dos Correios e da COPASA fazem greve por pagamento e condições de trabalho

Funcionários terceirizados das empresas públicas do Correios e da Copasa entraram em greve, recentemente, no estado de Minas Gerais. No caso dos Correios, os contratados pela empresa GO2B estão com os pagamentos dos salários, vales transporte e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) atrasados, o que motivou uma paralisação em frente ao Centro de Tratamento de Cartas e Encomendas (CTCE), no Parque Industrial, em Contagem. 

Já na COPASA, os leituristas da FIMM Brasil, uma empresa terceirizada que presta serviço para a estatal, reclamam de descaso da Empresa com seus funcionários e decidiram interromper as atividades na última segunda-feira, dia 20. De acordo com as denúncias, a Empresa não estaria disponibilizando os kits de primeiros socorros, faltam uniformes e equipamentos de trabalho. Além disso, os trabalhadores relatam o número excessivo de leituras diárias que são obrigados a realizar, com a exigência de tirar foto da leitura, o que tem gerado problemas de segurança, principalmente em vilas e favelas. Segundo os leituristas, a média de atendimentos (leituras diárias) era entre 300 a 400, mas agora têm sido cerca de 600 por dia.

Como demonstram os exemplos, a terceirização está associada ao fenômeno da precarização do trabalho. Existem diversos indicadores construídos pelas pesquisas que demonstram a degradação do trabalho em todas as suas dimensões, provocada pela terceirização: no desrespeito aos direitos trabalhistas, nas más condições laborais, nos baixos salários, na piora das condições de saúde, nos maiores índices de acidentes e na vulnerabilidade política dos trabalhadores que, dispersos e fragmentados, têm dificuldades para se organizar coletivamente.

Às representações dos trabalhadores cabe o combate incansável a essa forma de exploração desenfreada. No caso das empresas públicas, a terceirização é um mecanismo de ir, aos poucos e “por dentro”, impondo o processo de privatização. O resultado é o que temos visto na COPASA e nos Correios, com a piora evidente nas condições de vida e trabalho dos funcionários.

Todo apoio à luta dos trabalhadores terceirizados! 

Não às terceirizações! 

Não às privatizações!


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