Diante das enchentes que têm afetado o Rio Grande do Sul (RS) há semanas, os Correios estão doando e recebendo doações de itens de necessidade básica para serem enviados de graça para a região. A atuação da empresa demonstra a importância da defesa das estatais: quando há grande necessidade, são as estatais que ajudam a população.
Agências dos Correios de todo o Brasil estão recebendo doações de agua potável, alimentos da cesta básica, material de higiene pessoal, material de limpeza seco, roupas de cama e de banho e ração para pet. Apenas na segunda-feira (6), mais de 200 toneladas de donativos foram enviados para o RS. Além da ajuda a toda a população, a empresa também está fazendo uma série de ações para ajudar os seus funcionários afetados pela calamidade.
Até o fechamento desta matéria, foram confirmadas 100 mortes causadas pelo desastre, enquanto 128 pessoas ainda estão desaparecidas. Estima-se que 15% da população do estado em 417 municípios foram afetadas, entre elas, cerca de 230 mil tiveram que deixar de suas casas.
Outras empresas públicas também estão atuando para fornecer o necessário para superar e remediar a situação. Entre elas, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), que enviou técnicos e água potável, e a Petrobras que doou R$ 5,6 milhões para ajuda às vítimas, para o desespero dos acionistas. Grande parte dessas empresas, no entanto, estão sob forte risco de serem privatizadas e uma vez que isso acontecer, a atuação visando o lucro impedirá que elas atuem em prol da população nessas situações.
O desastre no RS está diretamente ligado às políticas ultraliberais do governador Eduardo Leite (PSDB) que se negou a investir em recomendadas medidas de prevenção, retirando os recursos da Defesa Civil do estado. Além disso, políticos como Leite e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mudaram as legislações ambientais e abriram espaço para uma exploração ainda mais devastadora dos bens naturais. É essa mesma política que ataca as estatais e defende a privatização de tudo o que estiver ao alcance deles.
Não é por acaso que a direita tem atuado para tentar desmobilizar a ajuda humanitária, como, por exemplo, por meio de notícias falsas sobre retenção de donativos, transporte de oxigênio, situações que envolvem hospitais.
A situação reforça a importância das empresas estatais e da importância de defendê-las contra a sanha privatista da direita brasileira. Apenas o povo organizado e as empresas públicas, que dão lucro e têm função social, como os Correios e a Petrobras, podem atuar de verdade em prol do interesse da população, sem priorizar a garantia de lucro para poucos capitalistas.
Foto: Divulgação/Correios
