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UE confirma que roubará de ativos russos

No último dia 21/06, a União Europeia aprovou o uso do lucro dos ativos russos na zona do Euro para financiar a Ucrânia na guerra contra a Rússia. A previsão é que 90% do valor seja usado para ajuda militar, enquanto 10% será usado para ajuda humanitária e outros investimentos para Kiev. Os ativos russos na Europa, e em outros países imperialistas, estão bloqueados desde o início da operação militar especial russa no país vizinho. Ao todo, cerca de US$ 225 bilhões em ativos russos foram congelados pelos Estados-membros da UE devido às sanções e a expectativa é um lucro de US$ 3,3 bilhões apenas neste ano.  

Segundo o portal de notícias Bloomberg, a estimativa é que o valor comece a ser repassado a partir de julho. A UE espera que esses ativos produzam cerca de 15 a 20 bilhões de dólares em lucros até 2027. Ao todo, a Europa já investiu cerca de US$ 97 bilhões, sendo US$ 45 bi apenas em ajuda militar. Os Estados Unidos, por sua vez, têm um plano para usar diretamente os ativos, podendo gerar um investimento de US$ 50 bi para a Ucrânia. Caso este plano seja aprovado, a tendência é que ele se estenda também a todo o G7, para além do uso apenas do rendimento destes ativos. Mas o fato é que boa parte do dinheiro deverá ser usado para financiar a indústria bélica dos próprios países imperialistas.

O uso destes valores tem sido criticado, pois poderá criar um precedente para que os ativos de outros países sejam roubados devido às disputas internacionais, criando uma insegurança no sistema financeiro mundial. Em resposta a esta ameaça, a Rússia também bloqueou ativos europeus e americanos em seu território e está pronta para aplicar retaliações a este confisco. Com um aumento visível da tensão, o Banco Central Europeu chegou a pedir aos bancos da zona do euro para acelerarem o processo de saída da Rússia. Em resposta, um tribunal russo determinou a apreensão de 700 milhões de euros em ativos dos bancos UniCredit, Deutsche Bank e Commerzbank. 

Apesar de todo o investimento da União Europeia e Estados Unidos para apoiarem a Ucrânia na guerra, os esforços têm sido insuficientes para barrar os avanços russos. A nova medida mostra o desespero e é um sinal do esgotamento do esforço imperialista em se manter na guerra. O conflito tem escalado, pois o que está em jogo é a crise do Imperialismo ocidental, por um lado, e a reorganização do sul-global a partir do BRICS, por outr
 


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