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Crescimento do PIB, distribuição de renda e luta dos trabalhadores

Dados divulgados no último dia 4 de junho pelo Instituto Brasileiro Geografia e Estatística, evidenciaram que o PIB Brasileiro aumentou em 0,8% no primeiro trimestre deste ano. De acordo com análise da empresa XP investimentos, que possui notórias ligações com o mercado financeiro, este crescimento se deve, sobretudo, pelo consumo das famílias e pelo setor de serviços. Os números positivos neste setor podem ser atribuídos ao aumento do emprego, queda inflacionária e retomada dos programas sociais e do acesso ao crédito. Com este crescimento, o Brasil ultrapassou a Itália e se consolidou como a 8ª maior economia do mundo, de acordo com a agência Austin Ratings. A mesma empresa evidenciou que, dentre 53 países em análise, o Brasil teve o 17º maior crescimento.

Os dados são animadores, principalmente se comparados ao que vinha ocorrendo no Brasil desde o golpe que retirou a presidenta Dilma Rousseff do poder, em 2016, acentuado pelo governo de Jair Bolsonaro. Como resultado destes governos que buscaram destruir o País, a inflação foi galopante, os salários foram achatados e a população perdeu o seu poder de compra. O Brasil, de exemplo mundial de combate pela erradicação da miséria, voltou ao Mapa da Fome no último ano do governo Bolsonaro.

Retomado a tendência de crescimento, o próximo passo do governo Lula deverá ser, necessariamente, o caminho da distribuição de renda. Um relatório da agência Oxfam, que discute a relação das desigualdades e o poder corporativo global, divulgado em janeiro deste ano, mostram que 63% da riqueza do Brasil está nas mãos de 1% da população. Se os dados de crescimento econômico não forem acompanhados por uma necessária distribuição de renda, significa que os bons números obtidos neste primeiro trimestre permanecerão nas mãos dos algozes dos trabalhadores.

Distribuir renda passa também por fortalecer a prestação dos serviços mais básicos à população. Investir em empresas públicas que prestam esses serviços, como o SUS e os Correios, por exemplo, é essencial. Atender as demandas básicas, como o acesso à educação de qualidade, também é parte desse caminho. 

Assim, é importante ao governo Lula que, para além de mostrar seu crescimento econômico nos veículos midiáticos, que utilize este crescimento para melhorar ainda mais a condição de vida da parcela mais pobre da população, parcela essa que, inclusive, é a principal apoiadora e da sustentação aos governos de frente popular, como o de Lula. É preciso que o governo use o crescimento econômico para atender aos anseios das categorias de servidores públicos no intuito de melhorar o atendimento à população geral, além de investir na dinâmica da criação de emprego e acesso ao consumo, que melhorará, de fato, a vida de quem precisa.
 


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