No último dia 16, a CUT-PR noticiou que trabalhadores e trabalhadoras dos Centros de Distribuição Domiciliária (CDDs) de Cascavel, Fazenda Rio Grande, Ponta Grossa, Oficinas e Pato Branco decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. A medida é uma resposta à intransigência da empresa dos Correios, que impõe o projeto de Entrega Unificada em todas as unidades sem abertura de diálogo.
A secretária-geral do Sintcom-PR, Elisabete Ortiz, denunciou à CUT-PR que "o projeto está sendo implementado de forma unilateral, sem estudos técnicos, sem diálogo com os trabalhadores e sem acompanhamento do sindicato". Ela alertou sobre as graves consequências: "Os prejuízos são inúmeros, tanto para os carteiros quanto para a população. Já temos relatos de cartas atrasadas desde março, um reflexo direto da ineficiência do novo sistema". Ortiz reforçou que o Sindicato buscou diálogo com a direção da empresa e alertou sobre a inviabilidade do projeto, destacando a "evidente sobrecarga que está levando ao adoecimento das trabalhadoras e dos trabalhadores" como razão fundamental para a greve, que permanecerá até a suspensão do projeto. A expectativa, segundo a dirigente, é que novas unidades adiram à paralisação.
Diante deste cenário, a CUT Paraná manifestou total solidariedade aos grevistas. O secretário de saúde da CUT-PR, José Lima, o Bocão, que acompanha o movimento, declarou estar “ao lado dos trabalhadores e trabalhadoras dos correios e que participará de sua paralisação apoiando no que for necessário". O presidente da Central, Marcio Kieller, completou o posicionamento: "Trata-se de uma categoria de luta, aguerrida e que sempre foi exemplo de como lutar pela defesa dos seus direitos. Estaremos com o Sintcom em mais este embate".
Foto: reprodução web/Sintcom-PR