Os trabalhadores dos Correios do Paraná decidiram, em assembleia realizada nesta quarta-feira, 17 de julho, entrar em greve a partir do dia 21 de julho e ampliar o movimento que já paralisou várias cidades do estado. A categoria manterá o estado de greve a partir de hoje, 18/07.
A decisão foi tomada diante da intransigência da empresa ao implementar arbitrariamente a entrega unificada nas unidades sem debates com o sindicato e os trabalhadores. O movimento paredista também é impulsionado por uma série de ataques que os ecetistas vêm sofrendo nos últimos anos. Entre as principais queixas, estão:
Péssimas condições de trabalho e limpeza nas unidades
Assédios e perseguições por parte da chefia
Sobrecarga de trabalho
Desvio de função dos atendentes, que estão realizando a distribuição
Transferências compulsóriasPráticas antissindicais
Os trabalhadores, por meio desta mobilização, buscam reverter a má ingerência da superintendência e da Gedis do Paraná. Eles reivindicam a suspensão imediata da entrega unificada e uma remodelagem do sistema de distribuição.
Apesar de os Correios terem sido excluídos do projeto de privatização herdado do governo Bolsonaro, a atual gestão da empresa ainda é controlada por setores políticos neoliberais, que atuam para levar a empresa ao colapso e, assim, justificar sua entrega, de bandeja, ao setor privado, que irá acabar com sua função social.
Somente a luta dos trabalhadores pode impedir esse desmonte e exigir que as decisões políticas tenham compromisso com o papel estratégico da empresa para o Brasil. A defesa dos Correios é, acima de tudo, a defesa do serviço público e da soberania nacional.
Todos à Luta Companheirada!
