Nesta terça-feira (29/07), na nova Sede da Universidade dos Correios, em Brasília/DF, começaram as negociações coletivas dos trabalhadores dos Correios de todo País. As negociações se iniciam em meio a uma crise que envolve a falta de pagamento do plano de saúde e dos prestadores de serviço, que vêm gerando um caos dentro da Empresa.
A representação patronal informou que começa a negociação considerando as dificuldades financeiras dos Correios.
A representação da Corrente Sindical Nacional LPS, com os companheiros Robson Silva (FENTECT), Adenilson Viana (SINTECT-MG) e Claudio Cruz (SINTECT-CE), se posicionou neste primeiro dia de negociações colocando as necessidades dos trabalhadores de todo País, como: a falta de pagamento do plano de saúde e o desmonte do plano médico/odontológico, mesmo estando em dia o pagamento dos trabalhadores; o sucateamento aberto da Empresa, que sofre com a falta de logística, uma vez que a mesma está toda terceirizada; a falta de pagamento das empresas prestadoras do serviço de limpeza e a falta de condições salubres para realização do trabalho. Também relatam a falta de compromisso da direção da ECT que não convoca os (as) aprovados (as) no último concurso; a questão do absurdo da implantação da entrega unificada no estado do Paraná, sem nenhum debate com o Sindicato local ou com a Federação Nacional; o assédio moral e sexual que continua a ocorrer nas unidades de trabalho com anuência dos gestores da ECT que acobertam os casos com movimentos corporativos para evitar a punição do assediador; a conduta antissindical contra dirigentes dos Sindicatos na tentativa de impedir as lutas sindicais locais e o ataque/demissão dos(as) trabalhadores(as) que estão com mais de 75 anos, sem esperar o julgamento do Supremo Tribunal Federal – STF.
Destacam também a falta de cumprimento, por parte da direção da Empresa, dos Acordos Coletivos passados, principalmente em relação à questão da redução do percentual da coparticipação no plano de saúde e no pagamento proporcional dos 70% de férias.
Diante do início tardio das negociações coletivas, foi solicitada, na mesa de negociação, a prorrogação do ACT atual da categoria até a assinatura de um novo Acordo. A direção da Empresa acatou de forma parcial a reivindicação dos Trabalhadores e prorrogou até o dia 31/08/2025.
Por fim, destacamos que não aceitaremos retrocessos e conclamamos todos os trabalhadores dos Correios do Brasil a participarem das atividades dos seus sindicatos, bem como ajudar no trabalho de mobilização da categoria, pois a campanha salarial não será fácil e somente a luta pode garantir melhorias pra nossa categoria.
Nenhum direito a menos!