Companheiras e companheiros, os Sindicatos que estão em greve desde o dia 16/12, na luta em defesa dos direitos, por respeito à categoria e por um Acordo Coletivo de Trabalho que atenda os anseios da categoria, se manifestam contra a tentativa de jogar nas costas dos trabalhadores a crise criada pelas direções dos Correios. Não aceitaremos pagar pela crise criada pelos administradores da Empresa!
A posição da direção dos Correios de não garantir, nem ao menos, a reposição da inflação do último período, é um desrespeito à categoria e não pode ser aceita. A proposta apresentada pela empresa impõe perdas salarias à categoria e retirada de direitos a partir da próxima data base. A intenção de implementar o acordo bianual também tira o nosso poder de barganha no próximo ano e não podemos aceitar tal situação.
Outra situação que repudiamos são as práticas antissindicais da direção dos Correios. Os Sindicatos em greve foram intimados judicialmente, através das suas presidências, por meio de uma liminar ganha pela direção da ECT que limita o exercício do amplo direito de greve em diversas unidades de trabalho. Em outra medida, através de documento da Superintendência Regional do Rio Grande do Norte, foram convocados trabalhadores para comparecerem à assembleia daquele Estado, logicamente com o intuito de aprovar uma proposta totalmente prejudicial aos trabalhadores e trabalhadoras de todo o País. Igualmente, repudiamos outra atitude antissindical da direção da empresa que, por meio da Superintendência Regional do Paraná, liberou os chefes, em hora de serviço, para invadirem a assembleias dos trabalhadores em Curitiba e votarem a favor da proposta ruim apresentada pela direção da empresa. Ou seja, chefes com cargos de confiança e que recebem altos salários sendo usados para votarem contra a vontade dos trabalhadores.
Nossos sindicatos seguem em greve e conclamam o restante dos sindicatos a fortalecerem a luta, aprovando a greve nacional da categoria. Conclamamos todos os trabalhadores e trabalhadoras à participarem das assembleias, rejeitarem a proposta e deflagrar a greve. Não estamos pedindo nada impossível. A direção dos Correios, que deliberou pelo seu próprio reajuste salarial de 14% além da inflação, pode muito bem garantir a recomposição da inflação (5,13%), respeitando a data base da categoria e reeditando o Acordo Coletivo de Trabalho, sem pegadinhas contra os trabalhadores. A greve é de resistência e só será vitoriosa se toda categoria encampar essa luta.
GREVE GERAL DE RESISTÊNCIA NACIONAL!
Foto: Sintect-RJ
