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Eleições Uberlândia, Quem disse que não pode piorar?

Por Antônio Fernando

Estão praticamente definidas as posições para as eleições municipais em Uberlândia, Minas Gerais, a segunda maior cidade do estado.

Se, nas últimas eleições a situação já não foi fácil para Gilmar Machado (PT), que só conseguiu se eleger “com o pé nas costas”, como diz o dito popular, neste ano, a situação é ainda pior. A crise se acentuou e o Partido dos Trabalhadores precisará rearticular o processo de correlação de forças para obter sucesso e não deixar a política do município retroceder ao aparelhamento privatista. O setor produtivo do agronegócio, os ruralistas e tubarões da agropecuária, irão, colocar peso contrário a candidatura de ‘Gilmar’, inclusive com o apoio do partido do golpista Michel Temer (PMDB).

Odelmo Leão, deputado federal (PP), que também oficializou sua candidatura na noite da última quinta-feira, dia 5 de agosto, vem também de uma grande fase negativa de alianças. Seu maior aliado, o Deputado Estadual Luis Humberto Carneiro (PSDB) optou por ter como vice o então empresário local, Paulo Sérgio Ferreira. Trata-se do mandatário na cadeia de alimentos, na região do Triângulo Mineiro, pertencente à legenda de Gilberto Kassab o (PSD).

A esquerda local, por não fazer uma leitura clara da conjuntura política, é incapaz de dar à massa trabalhadora uma resposta que possa surtir o efeito necessário e tirar a segunda maior cidade do estado de Minas das mãos daqueles que travam o desenvolvimento do Município.

A participação popular, que deveria estar a pleno vapor com seus líderes, fica a reboque da direita opressora. A esquerda oportunista tenta galgar os privilégios e benesses dos acordos entre os dominadores e poderosos que controlam os setores fundamentais da economia de uma das maiores regiões produtivas do país.

As empresas, de maneira sórdida e por meio da super exploração, travam uma luta contra o governo do (PT) de Gilmar Machado, que se encontra à beira de entregar os pontos. Esse é típico governo que capitula diante dos interesses dos exploradores e não dá nenhum sinal de que essa política será modificada.

É preciso, neste momento, ter a convicção de que suportar por mais quatro anos um governo que ataca os interesses do povo ou, ainda, ficar refém de um partido que faz colaboração com aqueles que atacam os direitos da classe operária, é deixar que a direita extermine com todas as possibilidades de avanço dos trabalhadores.

Sobre a intensidade da crise, o próprio (PSB), que sempre dava sua contribuição para a aliança da esquerda burguesa, o nome escolhido pelo Partido para a disputa da Prefeitura de Uberlândia deverá ser o economista Alexandre Andrade, um elemento ligados aos interesses das famílias que dominam a região.

Essas eleições municipais ficarão marcados para quem quiser ver a manifestação popular contra os ataques que estão chegando contra a classe operária. Elas darão por conta da perda dos direitos que a direita, que controla as principais empresas de cidades como Uberlândia, vem impondo para salvar os lucros que se encontram em forte crise.

A atuação esquerda oportunista local (como setores do PT, o PSTU e o Psol) deixa claro claro, em escala local, os mecanismos eleitoreiros e de contenção dos trabalhadores. Se as massas não saírem às ruas e criarem mecanismos de defesa, o retorno necessário por esse esforço ficará difícil, será como enxugar gelo no molhado.


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