• Entrar
logo

Contaminação por Covid-19 é o dobro nas periferias

A taxa de contaminação pela Covid-19 nas periferias de São Paulo é o dobro em relação aos bairros mais ricos da cidade. Nas regiões com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mais alto, o índice de prevalência é de 9,5%, enquanto nas regiões com IDH baixo a prevalência é de 19,1%. Nos bairros com IDH médio esse índice é de 13,2%. 

Um recente aumento verificado de 53% nas áreas mais ricas, pode estar relacionado a redução nas medidas de higiene e distanciamento social e a uma conduta insegura comprovada por bares lotados e pessoas circulando sem máscara nas últimas semanas. Já nas periferias o maior índice de contaminação está relacionado com a impossibilidade ou dificuldade das pessoas de trabalhar em “home office” e por se deslocarem aglomerados nos transportes públicos. Isso tanto para trabalhadores formais quanto para os informais.

 

Pandemia desigual 

 

Obviamente, é maior o risco de ser contaminado para quem mantém o trabalho fora de casa, que são, em grande maioria, moradores das periferias. A prevalência da contaminação para quem trabalha em home office é de 7,2% e para os que trabalham fora é 18,9%, mais que o dobro. 

O índice de contaminação da população negra, é de 17,4% enquanto na população branca é de 10,7%. Já entre classes sociais a prevalência na classe A/B é de apenas 3,1% enquanto na classe D/E é de 18,7%. Os índices também são bem altos entre pessoas com idade entre 18 e 34 anos (15,4%), e entre 35 a 49 anos (14,6%). 

As desigualdades sociais determinam o comportamento da doença e sua maior prevalência continua sendo entre a população preta e parda, entre as classes D e E, embora ela tenha sido introduzida no país por pessoas das classes mais abastadas que viajam ao exterior. A falta de políticas públicas de prevenção e combate à pandemia é mais um instrumento do governo Bolsonaro para exterminar a parte mais vulnerável da classe trabalhadora enquanto atende aos interesses da grande burguesia que quer os trabalhadores à beira da miséria para que aceitem a superexploração no trabalho. 
 


Topo