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Correios e servidores: unificar a luta rumo à Greve Geral

Contra a aprovação da Reforma Administrativa, PEC 32, cujo objetivo é destruir os serviços públicos ao acabar com direitos dos servidores e da população atendida por eles, foi definido, no Encontro Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Setor, ocorrido nos dias 29 e 30 de julho, um calendário de luta composto pelo ato nacional deste dia 3,  em Brasília, que marcou a presença da pressão dos trabalhadores no retorno das atividades parlamentares no Congresso Nacional.  Também faz parte desse calendário a Greve Nacional, no dia 18/8, com paralisação dos servidores municipais, estaduais e federais.  

A mobilização será fortalecida pelos trabalhadores dos Correios, que iniciarão sua Greve Nacional no dia 17/8, em resposta à retirada de direitos, à proposta de reajuste zero e contra a privatização da Estatal. Vale lembrar que a PEC 32 também afetará os trabalhadores das estatais uma vez que, entre muitos ataques, ela torna nula a concessão de estabilidade no emprego para funcionários de empresas públicas, sociedades de economia mista e das subsidiárias dessas empresas e sociedades, por meio de acordos coletivos.

A PEC 32 vai impor o fim dos concursos públicos, dos reajustes salariais, da prestação de serviços à população e o esvaziamento das empresas públicas com desinvestimento e privatizações. O governo mente ao dizer que são os servidores, na maioria mal remunerados, os responsáveis pelo rombo nas contas públicas. Na verdade, a maior parte dos gastos públicos está direcionado para o pagamento de juros da dívida pública aos bancos. Além do mais, o fim da estabilidade e do ingresso por meio de concurso transformará o serviço público em “cabides” de empregos para apadrinhados políticos, o que, inevitavelmente, gerará mais contratação e menos eficiência no atendimento à população.

As reformas neoliberais do governo Bolsonaro só beneficiam os banqueiros e as grandes corporações capitalistas, que querem se apropriar das empresas estatais a preço de banana e lucrar com a superexploração dos trabalhadores.

Contra esse conjunto de ataques aos trabalhadores, a única saída é a luta unificada de todas as categorias. Vamos à Greve Nacional dos servidores públicos no dia 18/8, unificados com os trabalhadores dos Correios, cuja greve se inicia no dia 17. 

É preciso convocar assembleias das outras categorias na mira das reformas e das privatizações, ampliar as manifestações de rua com as pautas dos trabalhadores e organizar a Greve Geral, o instrumento de luta mais importante da classe trabalhadora! 


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