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Governo Bolsonaro: aumento do desemprego, miséria e fome

O triste cenário do desemprego no Brasil não recua. De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad-Contínua/Mensal), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados no último dia 31 de agosto, a taxa de desemprego do trimestre móvel (de abril a junho de 2021) foi de 14,1%, atingindo 14,4 milhões de trabalhadores e trabalhadoras. Já a taxa de informalidade atinge 35,6 milhões de trabalhadores, 40,6% da população ocupada do País, um aumento de 3,7% em relação ao mesmo trimestre de 2020, que registrava 36,9%. Já um levantamento feito pela consultoria Idados, com base na Pnad-Contínua, revelou a complexa realidade do desemprego prolongado. Conforme os números, cerca de seis milhões de trabalhadores perderam o emprego há mais de um ano. Desses, 3,8 milhões se encontram desempregados há mais de dois anos. 

O aumento do número de trabalhadores em busca de emprego há mais de um ano foi de 8,4%, passando de 6,7% para 15,1%. Já aqueles que estão desempregados há mais de dois anos, passou de 23,9% para 26,1%. Os dados não deixam dúvidas quanto ao fato de que quanto mais tempo o trabalhador fica fora do mercado de trabalho, menor é chance de ser empregado. 

As consequências do desemprego prolongado são muitas, sendo a precarização nas relações de trabalho uma das principais. Segundo o diretor-técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Fausto Augusto Jr., “A qualificação profissional se altera. Vai aumentando a dificuldade em se manter atualizado para as demandas dos empregos. Isso faz com que ou ele não consiga emprego ou tenha de se sujeitar a trabalhos aquém de sua qualificação, de sua experiência e de sua trajetória”. Já o País “perde sua capacidade produtiva porque perde a competência desses profissionais por incapacidade do próprio mercado de trabalho”, completou o diretor-técnico do Dieese.

Do ponto de vista político, os números são a demonstração cabal da completa incapacidade de o sistema capitalista dar respostas aos problemas primários da sociedade. As políticas neoliberais não irão, nem de longe, reduzir o desemprego, melhorar as condições de vida etc. É o completo oposto o que ocorre. A manutenção de uma parcela da população desempregada, o chamado exército de reserva, é uma necessidade do capital para justamente regular a superexploração – enquanto houver gente sem emprego, sempre é possível reduzir salários e direitos. Já o projeto neoliberal consiste no bom e velho “salve-se quem puder”, desde que os lucros dos ricos sejam garantidos pelo Estado. Em outras palavras: pouco (ou quase nenhum) Estado para os pobres, forte intervenção estatal para os ricos.

Bolsonaro age como um encarregado do grande capital. Sua gestão não está pautada na geração de renda e emprego, mas na entrega de absolutamente todas as riquezas nacionais, na transferência do bem público para a iniciativa privada. É exatamente por isso que seu governo é recordista em fome, miséria e desemprego, pois a política é de aumentar a exploração do povo para salvaguardar os lucros de meia dúzia de parasitas sociais, detentores dos meios de produção.

Derrubar Bolsonaro, e todo o seu governo, pela mão do povo é a tarefa colocada para o conjunto da classe operária. A unidade na luta em defesa das empresas e serviços públicos e contra os infinitos PEC’s e PL’s que atacam brutalmente as condições de vida do povo é urgente. E isto só será possível com as armas que são próprias da classe trabalhadora: por meio de amplas mobilizações e greves! É nas ruas que o povo irá conseguir retomar seus direitos e avançar nas suas pautas, compreendendo as lutas democráticas como um trampolim para o debate de tomada de poder.
 


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