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INFLAÇÃO NO BRASIL

Em entrevista ao jornal nacional, na noite do último dia 23 de agosto, o presidente representante dos oligopólios, Jair Bolsonaro (PL), numa tentativa de enganar a população, informou, e comemorou erroneamente, uma suposta deflação registrada no mês de julho. A inflação é basicamente o número que registra o aumento de preços e desvalorização da moeda, sendo assim, redução do poder de compra do povo. Já a deflação significa o contrário, ou seja, a valorização da moeda, menores preços e, consequentemente, aumento do poder de compra, algo que nem remotamente ocorreu no Brasil nos últimos anos. 

A inflação tem vários motivos para o seu aumento e influencia diretamente no empobrecimento do povo. Os principais motivos para sua evolução são as políticas de austeridade, falta de obras públicas e uma má gestão econômica de uma forma geral. Todas as ações tomadas e/ou reforçadas pelo Governo Federal.

A mentira do fascista Jair Bolsonaro está na tentativa de esconder o número real da inflação, principalmente no que se refere ao ano como um todo. Segundo o presidente, o país está passando por deflação no mês de julho. O recorte intencional tem por objetivo esconder o fato de que o Brasil, no período acumulado dos últimos 12 meses, se encontra atrás apenas de Argentina (que contêm inflação histórica, herdeira de anos e anos de política neoliberal) e Turquia. O Brasil tem acumulado para o ano cerca de 10,7% de inflação, que é sentida diariamente quando os brasileiros vão ao supermercado, loja de roupas, construção etc. Tudo está extremamente caro e aumenta a cada dia. O preço de dois meses atrás já gera sentimentos de saudades se comparados com os atuais, tamanho o aumento, impraticável para o bolso dos brasileiros. 

O povo brasileiro, durante todo governo de Bolsonaro não teve aumento real do salário-mínimo (aumento de porcentagem acima da inflação), sofre com o aumento dos itens básicos de consumo. Um litro de leite já é encontrado a R$ 9,00 pelos supermercados do Brasil; o pente de ovos acima de R$ 20 e o kg do peito de frango acima dos R$ 25, para citar alguns pequenos exemplos do que ocorre em absolutamente todos os produtos de consumo do brasileiro.  

O mercado e toda a sua representação capitalista, por meio de economistas e empresários brasileiros, que apoiaram e apoiam o governo fascista de Bolsonaro, estão atiçados com a chegada das eleições e começaram a prever uma inflação menor para este ano, estando abaixo do Reino Unido e Estados Unidos. Essas falas e previsões econômicas estão todas baseadas em um crescimento falso do País, em que o número do PIB pode crescer, mas não chega ao povo, dada a imensa concentração de renda, em conjunto com ausência de políticas econômicas que valorizem o salário mínimo. Assim como nos anos anteriores do governo Bolsonaro, as previsões devem demonstrar uma inflação maior, ainda maior do que já é sentido cotidianamente pelos brasileiros. 

A alta da inflação corrói o poder de compra do brasileiro, afetando sua qualidade de vida, nos levando ao estágio atual de fome e miséria. É necessário que políticas públicas e econômicas tenham como centro do debate e de importância o povo trabalhador, sendo a prioridade o bem-estar e a emancipação da classe trabalhadora. Assim, para uma nova política econômica que busque a autonomia da classe trabalhadora é necessário vencer governos neoliberais, títeres do capitalismo, e sua política de empobrecimento e dominação da classe trabalhadora. Somente o povo trabalhador, organizado, pode buscar e lutar por políticas econômicas direcionadas à classe, buscando superar o capitalismo e suas contradições. 
 

Foto: Stas_V / Getty Images 


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