Na última quarta-feira, 21/09, em diversos estados do Brasil, os profissionais da enfermagem tomaram as ruas para protestar contra a medida do Supremo Tribunal Federal (STF) e exigir o pagamento do Piso Salarial da categoria. O Piso é uma luta de anos desses profissionais, que virou lei em agosto deste ano, mas foi suspenso por decisão do Supremo, em liminar determinada pelo ministro Luís Roberto Barroso e revalidada no último dia 15/09 pela maioria do STF.
Além dos atos, houve paralisação em ao menos 10 estados, a exemplo de Minas Gerais, Bahia, Distrito Federal e Pará. Em Minas Gerais, a atividade reuniu mais de 40 mil pessoas, mostrando a determinação e disposição de luta destes profissionais, que deixaram clara a possibilidade de uma greve para exigir o cumprimento da Lei. Importante salientar o quão essenciais estes trabalhadores foram para manter o Sistema de Saúde funcionando e evitar ainda mais mortes diante da política genocida do governo Bolsonaro de enfrentamento à pandemia de Covid-19. O Brasil, inclusive, configura entre os países que tiveram maior número de mortes de profissionais da saúde durante a pandemia. Segundo um levantamento da Organização Mundial de Saúde (OMS), divulgado em outubro do ano passado, mais de 13,6 mil profissionais da saúde morreram no País vítimas da doença. Um valor que era, mundialmente, 40% superior aos registros oficiais da época.
É preciso intensificar a luta, não só pela garantia do Piso da Enfermagem, mas também pela valorização destes profissionais, melhores condições de trabalho e, principalmente, contra a privatização do Sistema Único de Saúde (SUS). Assim como no caso da educação mineira, o Piso Salarial é Lei, fruto de árdua luta dos trabalhadores, e deve ser pago!
Todo apoio à luta da enfermagem e de todas as categorias que se encontram na mira das privatizações!
