Dados divulgado no último dia 6 de dezembro, pelo IBGE no SIS (Síntese de Indicadores Sociais), indicam que de 2021 para 2022 caiu o percentual de ocupados com vínculo empregatício, passando de 48% para 47,6%, respectivamente. Além disso, nesse mesmo período, o estudo mostrou um aumento na participação dos trabalhadores sem carteira e por conta própria, passando de 45,6% para 46,4%. Com isso, a diferença na participação entre as duas categorias de ocupação (1,2 ponto percentual) é a menor da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, iniciada em 2012.
Em 2014, antes do golpe de Estado que retirou a presidenta Dilma Rouseff da Presidência, a diferença era superior a 10 pontos percentuais: o percentual de ocupados com vínculo foi de 51,9%, ante 41,2% dos sem carteira e trabalhadores por conta própria.
De acordo com o IBGE, a proporção de trabalhadores em ocupações precárias “reflete desigualdades historicamente constituídas. No ano passado, 40,9% dos trabalhadores estavam em ocupações informais, este grupo é composto de pessoas de cor ou raça preta ou parda, sem carteira de trabalho assinada, além de trabalhadores por conta própria e empregadores que não contribuem para a previdência social”. A participação nas ocupações informais fica bem acima da média entre mulheres pretas ou pardas (46,8%) e homens pretos ou pardos (46,6%). E bem abaixo entre trabalhadoras de cor branca (34,5%) e homens brancos (33,3%). É um comportamento que se repete em toda a série histórica.
Ainda de acordo com a SIS, a participação da remuneração dos trabalhadores no PIB chegou a 39,2%, em 2021, a menor desde 2010. Há tendência de queda de 2016 (pico de 44,7%), após trajetória de crescimento iniciada em 2010.
Com base na análise dos dados, podemos constatar que os objetivos do GOLPE DE ESTADO que destitui o governo de Dilma atingiu os seus objetivos de concentração de renda e maximização dos ganhos do capital com a implementação das reformas trabalhista e previdenciária dos governos Temer e Bolsonaro.