Durante o fechamento do nosso jornal, na tarde da última segunda-feira, 10 de setembro, o Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) emitiu uma nova decisão reafirmando a participação do ex-presidente Lula nas eleições deste ano e deixando claro que o Brasil está vinculado às decisões liminares. O comunicado lembra que todos os poderes, tanto legislativo, quanto executivo e judiciário, estão obrigados a acatar as decisões do Comitê e que um Estado parte não pode invocar a sua lei interna para descumprir uma determinação do Comitê.
Trata-se de uma “briga de cachorro grande”. De um lado temos a ingerência dos EUA na América Latina, que no caso brasileiro envolve principalmente o PSDB e o judiciário, o poder mais reacionário, que quer impedir a todo o custo a participação do petista. E, do outro, os demais seguimentos que atuam na ONU, um órgão criado pela própria burguesia.
Da nossa parte, tal contradição nos coloca, mais uma vez, a necessidade de utilizar as eleições como meio de denúncia, uma vez que as instituições burguesas são regidas pela ditadura dos grandes capitalistas. Precisamos utilizar as incoerências do inimigo para ampliar a nossa luta, exigindo a soltura de Lula, e lutando pelo governo operário e camponês.