• Entrar
logo

Mortes no Oriente Médio: Estados Unidos culpado

No dia 14 de maio, numa clara afronta à Palestina, os Estados Unidos, sob as ordens de Donald Trump, transferiu sua embaixada em Israel para Jerusalém. A atitude ocorreu no dia em que Israel completou 70 anos de existência enquanto Estado autônomo, e foi comemorado como vitória pelas autoridades israelenses. A atitude gerou uma série de protestos movidos por palestinos, que foram duramente reprimidos. Centenas ficaram feridos e mais de setenta pessoas morreram.

Os conflitos com a Palestina ocorrem desde 1948, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) decidiu dividir a região da então Palestina, de maioria muçulmana, e criar um Estado para os judeus que imigravam para a região (desde o início do século XX) para fugir das perseguições que sofriam na Europa e em outras partes do mundo. Como se percebe, em lugar de combater o preconceito contra os judeus, a ONU jogou o problema “para escanteio”. 

Desde então os palestinos e outros Estados muçulmanos do Oriente Médio estão em pé de guerra contra Israel que, com a ajuda do imperialismo, interessado em ter um entreposto nesta região rica em petróleo, venceu sucessivamente as várias guerras que ocorreram, aumentando seu território e reduzindo a Palestina a menos de um terço do território original. 

Jerusalém está no centro do problema. Tanto Palestina quanto Israel reivindicam a cidade como sua capital. A solução diplomática havia sido dividir a cidade em duas. Com os Estados Unidos colocando sua embaixada em Israel, em Jerusalém, a potência imperialista praticamente assumiu que considera a cidade sagrada como a capital israelense, provocando a série de conflitos que estão ocorrendo agora. 

Como já vínhamos alertando, o mundo está cada vez mais próximo de uma guerra de largas proporções, tudo isso para que o capitalismo consiga extrair algum lucro da produção e se recuperar da pior crise de sua história. A atitude de Trump é mais um passo neste sentido. As retaliações, que o imperialismo cinicamente chama de “fundamentalismo religioso muçulmano”, com certeza virão, criando pretextos para o famigerado combate ao terrorismo, que não passa de justificativas para a tentativa estadunidense de controlar o petróleo árabe, com auxílio de seu “cão de guarda” - Israel. É preciso fazer essa denúncia e ressaltar que este tipo de ação nada trás de benefício à classe trabalhadora. Apenas em outro modelo econômico, o socialismo, tal ação, que gera mortes e sofrimentos em troca de lucros, poderá efetivamente ser evitada. 


Notícias relacionandas


Topo