No último dia 18 de setembro, foi divulgada uma pesquisa de Nível de Emprego da Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo, constatando que a indústria paulista fechou 2,5 mil postos de emprego apenas no mês de agosto deste ano, o que representou uma queda de 0,11% em comparação ao mês anterior, sem ajuste sazonal (acerto que se faz em função da variação de estação).
Ainda segundo os dados da pesquisa, no último ano (desde agosto de 2017), as indústrias tiveram um decréscimo de 1,28% na oferta de emprego. De 22 empresas pesquisadas, nove tiveram resultados negativos, principalmente a indústria têxtil, com 1.040 vagas encerradas; a indústria do metal, que perdeu 1.021 postos de trabalhos, e o setor de couro e de calçados, que encerrou 955 vagas.
Conforme previsão da entidade, o ano fechará com o emprego negativo. Tal fenômeno estaria relacionado com a greve dos caminhoneiros, a indefinição política sobre as eleições e o cenário internacional.
O fato é que os dados referentes ao decréscimo de empregos no setor industrial no Brasil dizem respeito essencialmente ao lugar que o País ocupa na divisão internacional do trabalho, organizada pelo imperialismo. Para os grandes burgueses, que lucram imensamente com a subordinação brasileira ao capital financeiro internacional, o nosso país não deve desenvolver o seu setor industrial, permanecendo, assim, refém de produtos importados, enquanto vende produtos do setor primário, como carne e soja, no mercado internacional. Desindustrialização, privatização das principais fontes de matérias primas e, consequentemente, desemprego e pobreza. É isso que o imperialismo reserva para as suas colônias.