Aconteceu no último sábado, dia 19 de janeiro, em Belo Horizonte (MG), a primeira Plenária Intercategorias do ano convocada pela Luta Pelo Socialismo (LPS). Representantes sindicais de vários seguimentos estatais, privados, movimentos sociais e da juventude estiveram presentes, reunidos para debater a atual conjuntura política nacional e internacional, a luta contra as privatizações de estatais e os ataques contra as massas, entre eles as Reformas Trabalhista e Previdenciária. Durante a atividade, foram tirados diversos encaminhamentos para organizar a lutar contra a investida em curso no País que afetará principalmente o povo pobre, as estatais, movimentos sociais e sindical.
O encontro reuniu cerca de 150 pessoas. Dentre os presentes estavam os trabalhadores de base e ativistas dos Correios, Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores na Indústria Energética de Minas Gerais (SINDIELETRO), Sindicato dos Petroleiros de Minas Gerais (Sindipetro), membros da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte e Montes Claros (APUBH), Sindicato dos Servidores e Empregados públicos de Belo Horizonte (Sindibel), Sindicato único dos Trabalhadores em Educação do Estado de Minas Gerais (Sind-UTE), Sindicato dos Trabalhadores nas Industrias de Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos do Estado de Minas Gerais (SINDAGUA), Sindicato dos Empregados em Empresas de Processamento de Dados, Serviços de Informática e Similares do Estado de Minas Gerais (SINDADOS-MG), Central Única dos Trabalhadores (CUT/MG), entre outros. Parlamentares de esquerda eleitos em 2018, como a deputada estadual Beatriz Cerqueira, também estiveram presentes no evento.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Minas Gerais (SINTECT-MG), Robson Silva, foi responsável pela abertura da plenária, discorrendo, em seu cumprimento inicial, sobre os problemas enfrentados pela categoria nacional dos Correios e sobre a importância de unificar as lutas para defender as estatais, bem como os direitos e empregos de milhares de trabalhadores. Em seguida, o companheiro Pedro Paulo, da coordenação nacional da LPS, fez um relato detalhado dos ataques que a população brasileira está sofrendo e sobre a necessidade de unificar as lutas das categorias.
Na sequência foi aberto o espaço para a análise de conjuntura internacional e nacional feita por Felipe Malacco, membro do Comitê Central da LPS; pela presidenta da CUT e deputada estadual recém-eleita, Beatriz Cerqueira, e pelo coordenador do Sindieletro-MG, Jeferson Silva. Em sua exposição, Malacco destacou a falência da política da frente popular, o avanço da extrema-direita no mundo, os golpes que tiraram do poder governos eleitos de forma legítima e, para finalizar, falou da necessidade de unificar os trabalhadores, única força capaz de dar uma resposta aos ataques. Já Beatriz Cerqueira, além de expor sobre as questões internacionais e nacionais, voltou sua atenção para a caracterização do governador eleito em Minas Gerais, Romeu Zema. A deputada destacou o ataque contra as estatais e, principalmente, contra a educação pública, em especial a mineira, se colocando a disposição para travar essa luta também no campo parlamentar. Já o companheiro Jeferson fez sua exposição de conjuntura, chamando a atenção para a unidade de todas as categorias na luta contra a privatização da Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG).
Após as análises, o debate foi aberto para o plenário que participou ativamente expondo as preocupações e apresentando propostas de encaminhamento no sentido de unificar as lutas pela base. Como resultado do debate, foi criada uma comissão para sistematizar os encaminhamentos que apontaram a unificação das categorias em torno de uma pauta mínima, independente da data-base, uma vez que os ataques são contra todos os trabalhadores.
A realização da próxima plenária também foi tirada como encaminhamento. Ela deverá ocorrer no Sindicato dos Trabalhadores Petroleiros.
O objeto da atividade era dar um primeiro passo para a construção dessa pauta mínima de luta e ações conjuntas, em defesa das empresas públicas e contra as privatizações. Trata-se de uma ação de extrema importância, que deve ser incentivada e ampliada em todos os estados. Esse é, sem dúvidas, um caminho para organizar as lutas nacionais.