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Petroleiros debatem privatização e terceirização

No último dia 24 de julho, foi realizado o Seminário Nacional do Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro), em Salvador, Bahia. A atividade contou com a presença da direção da Federação Única dos Petroleiros (FUP), dos Sindipetros da Bahia, Norte Fluminense, Espírito Santo, Rio Grande do Norte e trabalhadores da base.
Dentre as pautas de discussão, o problema da terceirização, mal que ataca os trabalhadores de norte a sul do País, as subnotificações de acidentes nos postos de trabalho, a falta de representação dos trabalhadores terceirizados e as questões da privatização da Petrobras foram os principais pontos debatidos.

Os participantes discutiram a atual conjuntura política do país, analisaram a necessidade de uma adequação estatutária para ampliar a representação sindical e fizeram um diagnóstico do setor e seus problemas. Entre as questões relatadas estão o assédio moral e a opressão aos sindicalizados, a marginalização do movimento sindical, os baixos salários, a subnotificação de acidentes de trabalho, entre outros.

A atual política econômica do país, o desmonte do setor público, os desinvestimentos e as tentativas de privatização do Sistema Petrobras afetam a organização do setor. Isso sem falar dos ataques promovidos no atacado contra toda a classe operária como é o caso, por exemplo, da Reforma Trabalhista e da lei da terceirização.

Os trabalhadores também chamaram a atenção para a entrada de empresas privadas no setor, que estão ganhando cada vez mais espaço, abrindo caminho para o aumento do número de trabalhadores terceirizados, inclusive no Sistema Petrobrás.
Os terceirizados representam uma grande parcela dos trabalhadores das empresas privadas, com condições mais precárias e salários menores que os trabalhadores contratados. Sem representação sindical, são ainda mais explorados pelas empresas privadas que buscam lucros altos e baixos custos.
Tal realidade deve ser amplamente debatida pelo movimento sindical, que precisa organizar a mobilização de todos os trabalhadores da mesma empresa, inclusive com a unidade, na luta, com outros setores e sindicatos, uma vez que os ataques contra a organização sindical são imensos e generalizados.

Dentre as propostas aprovadas pelo conjunto dos petroleiros, estão: incluir cláusulas de proteção nos acordos firmados; garantir os direitos dos Acordos Coletivos de Trabalho vigentes nos processos de licitação da Petrobras; organizar um boletim unificado, envolvendo os 13 sindicatos filiados à FUP e potencializar a comunicação dos sindicatos, dando ao trabalhador maior conhecimento da realidade e conjuntura atual do seu segmento.

A mobilização sindical e da base é importante para que a consciência de classe se estabeleça. Somos todos explorados pelo sistema capitalista e, por isso, devemos nos unir, terceirizados e concursados, para lutar contra o sistema opressor e suas regras monopolistas. Uma única categoria, um só sindicato. Dividir os trabalhadores é uma política que só favorece os patrões.

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