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Aprofundam as contradições na Venezuela

No último dia 11 de janeiro o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, João Guaido, se autodeclarou presidente da Venezuela. É como se qualquer legislador da assembleia dos deputados ou Câmara do Senado, sem ser submetido a qualquer processo de escolha pela população, se autodeclarasse presidente do Brasil.


Porém, mesmo se tratando de uma aberração, o imperialismo, oportunista de plantão, e suas marionetes não tardaram a reconhecer Guaido como presidente. Tal ação é mais uma medida para tentar desestabilizar o governo Maduro. Os presidentes dos Estados Unidos, Brasil, Canadá, Argentina, Colômbia, França, Reino Unido, Alemanha dentre outros, reconheceram Guaido como presidente. Bolívia, México, Rússia, Cuba, China, Turquia e Irã, por sua vez, declararam apoio à Maduro.


O que está colocado em cena é uma internacionalização do conflito na Venezuela. De um lado, o imperialismo tentando acessar as ricas reservas de petróleo do país. Do outro, aqueles que disputam com os Estados Unidos algum grau de hegemonia internacional.


Maduro, por sua vez, afirmou à agência de notícias da Rússia, RIA Novosti, que estava “disposto a comparecer à mesa de negociações com a oposição, para falar sobre o bem da Venezuela, pela paz e seu futuro”. Contudo, a continuidade de seu governo depende, necessariamente, que Maduro aprofunde as contradições de classes na Venezuela, abandone práticas de conciliação de classes e dê voz à soberania popular, única maneira de acabar com as opressões do imperialismo. Do contrário, a Venezuela poderá entrar na lista de mais um país que tem seu presidente eleito arrancado do poder, como foi o caso da presidenta Dilma Rousseff (PT).

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