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Colômbia da guinada à direita

No último dia 17 de junho, o conservador Ivan Duque ganhou o 2º turno das eleições presidenciais colombianas. O novo presidente, eleito com 54% dos votos, concorria contra o progressista Gustavo Petro Cabe. Vale ressaltar que essa foi a primeira vez que um representante de esquerda havia chegado ao segundo turno na Colômbia.

O resultado eleitoral é desastroso e trará graves consequências. Ao contrário do que vinha ocorrendo no país, que era a busca por um acordo pacífico com as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), a perspectiva de Duque é acirrar a tensão com o grupo, o que causará mais guerra e mortes em território colombiano. Importante lembrar que tal conflito já gerou mais de 220 mil mortes nos últimos 50 anos.

O fato de só agora a esquerda concorrer no pleito eleitoral demonstra a real posição que o imperialismo imputa à Colômbia na América Latina: de capacho. Não é uma coincidência que o país alçou ao posto de parceiro global da Organização do Tratado do Atlântico Norte, principal organização militar imperialista, que faz do país um verdadeiro posto avançado para a atuação na América do Sul.

Também não é por acaso que uma das primeiras declarações públicas de Duque, no dia 19 de junho, foi contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro: “O que vimos na Venezuela, além das eleições que foram abertamente manipuladas e que levou muitos países a não reconhecer seus resultados (...), nos reafirma na ideia de continuar buscando uma estratégia articulada, multilateral, de maneira diplomática para que a Venezuela faça uma transição para as eleições livres”. Sob as mesmas velhas acusações de corrupção e fraude eleitoral, que levaram a golpes de Estado jurídico-parlamentares no Brasil, África do Sul e Coreia do Sul, o imperialismo, agora utilizando-se de seu porta-voz colombiano, vem tentando de todas as formas derrubar Maduro, tudo para ter acesso ao petróleo venezuelano.

Seja na Colômbia, Venezuela ou Brasil, a única saída contra essa ofensiva da direita na América do Sul é com o povo nas ruas, com consciência de classe. Apenas o proletariado organizado conseguirá barrar o imperialismo em sua busca insaciável por lucros.

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