Na noite do último dia 6 de setembro, foi noticiado que o candidato direitista, Jair Bolsonaro (PSL), havia levado uma facada durante um ato, em Juiz de Fora (MG). Duas opções se apresentam como possíveis: 1) que a população começa a atingir um nível de insatisfação tal, elevado com os ataques da burguesia, que começa a partir para a ação direta isolada ou 2) que o episódio tenha sido orquestrado por setores da própria burguesia no intuito de alavancar a campanha de Bolsonaro, apresentando-o como o novo “mártir”. Essa segunda opção não seria nenhuma novidade. Ela já foi utilizada várias vezes na história, sempre com o mesmo propósito: justificar os planos maléficos da direita, como o plano Cohen, que permitiu o golpe de Estado de 1937 no Brasil.
O caso logo tomou grandes proporções (com a imprensa propagandeando ao máximo a candidatura, sem nenhuma contestação do TSE) mostrando que, seja qual for a motivação, a extrema-direita fará uso de todo o tipo de ação direta para justificar o seu controle sobre as massas, o aumento da repressão e para fins eleitorais. Não será nenhuma surpresa se o Exército e as Forças Armadas forem “chamados” para “conter a crise”.
Também chama atenção que uma situação semelhante foi vivenciada recentemente pelo PT e por Lula, que teve caravanas e os acampamentos Lula Livre, em Curitiba/PR, alvejados por disparos com arma de fogo. Isso sem falar no candidato a deputado federal, Renato Almeida Freitas (PT/PR), que foi baleado com dois tiros de bala de borracha à queima-roupa pela Guarda Municipal de Curitiba durante uma panfletagem na Praça do Gaúcho, no último dia 9 de setembro. A imprensa burguesa, nesses casos, praticamente ignorou, mantendo o seu “silêncio” quase sagrado. O certo é que a direita utilizará de todo o tipo de fraude para que o processo eleitoral esteja sob seu controle, caso contrário, a eleição pode não se concretizar. É preciso ficar alerta, a direita não mede esforços para fazer valer sua agenda.