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Balanço do 2º dia do CONTECT

As atividades do 2º dia do CONTECT começaram com bastante atraso em virtude das divergências entre as correntes políticas quanto ao encaminhamento dos trabalhos. Por volta do meio-dia, instaurou-se a Mesa dos trabalhos com o companheiro Pedro Paulo, da LPS (Luta Pelo Socialismo), dando início à leitura da pauta de reinvindicações.
Nesse ponto, ficou acordado com a esmagadora maioria dos delegados o encaminhamento sugerido pela mesa, de fazer a leitura corrida da pauta. Aquele que tivesse sugestões de melhoria da redação ou da proposta encaminharia seu adento à mesa. Para sistematizar tais propostas, será criada uma comissão considerando a correlação das forças políticas.
Na sequência, houve uma pausa para o almoço. Os trabalhos foram retomados às 15hs com a palestra do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). Durante a exposição, feita pelo diretor do DIEESE, Max Leno, foi apresentado o cenário desastroso da economia brasileira: aumento da taxa oficial do desemprego (13,7%); crescimento da informalidade; redução do número de carteiras assinadas; queda nos rendimentos médios; crescimento do agronegócio (setor que passou a dinamizar a economia) etc. Sobre os índices, ponto que serviu como base para a discussão da pauta econômica da próxima campanha salarial dos Correios, Leno apresentou a estimativa dos índices de inflação para Data-Base de agosto deste ano, explicando a composição e diferença entre cada um deles. O expositor também trouxe vários dados que servirão de munição para as negociações com a Empresa como, por exemplo, o aumento de 49,9% na Receita Nominal de Vendas e 67,4% na Receita Total nos últimos seis anos (de 2010 a 2016). 
Após a exposição do DIEESE, foi dada sequência à leitura da pauta. No final da tarde, outra pausa foi feita, desta vez para abrir espaço às falas do 3º vice-presidente do Sindicato Nacional dos Correios Canadense, George Floresco, e da presidenta do Sindicato dos Correios Canadense de Milton, Lisa Aguiar. Os convidados falaram da tentativa de implementar o DDA (Distribuição Domiciliar Alternada) no Canadá e de como os trabalhadores, com o apoio da população, enfrentaram e conseguiram barrar esse ataque. Os delegados puderam participar com perguntas aos palestrantes.
Voltando do jantar, os representantes das forças políticas fizeram uma pequena reunião no plenário para tentar fechar alguns pontos convergentes com relação ao índice econômico, os eixos de luta e o calendário de atividades. Apenas três encaminhamentos apresentaram divergências e foram colocados para a votação em plenário, são eles: 1) Acrescentar o eixo de “Liberdade para Lula!” (aprovado); realização de assembleias da Fentect na base da Findect para a construção da campanha salarial (não aprovada – Articulação, PSTU e alguns delegados independentes se colocaram contra) e que a CUT convoque a Greve Geral em oposição à proposta de que todas as centrais sindicais convoquem a Greve Geral (passou o primeiro encaminhamento).
Com relação aos índices econômicos, duas propostas foram apresentadas: 8% de reajuste salarial + R$ 300 linear + ticket R$ 45,00 facial (valor referente a cada ticket) + vale cesta R$ 440,00 + 8% nos demais benefícios. A outra proposta, apresentada por Edson Dorta, que perdeu por ampla maioria, foi de: índice inflacionário + 20% de reajuste real.
Os eixos e bandeiras de luta, aprovados por unanimidade, foram:
1) Não à privatização dos Correios;
2) Fim do DDA: em defesa da entrega porta a porta, diariamente;
3) Pela manutenção da rede própria de atendimentos (AC’s). Não à política de franqueamento das agências;
4) Novas contratações por concurso público já!
5) Retorno do Correios Saúde para o Recursos Humanos da ECT com custeio integral pela Empresa;
6) Não à extinção do OTT; Contra a terceirização e a precarização;
7) Que o Comando de Negociações a ser instaurado possa analisar outros eixos e bandeiras, enviando-as aos sindicatos.

Calendário de Lutas

06/06 - Sistematização da pauta
7, 8 e 9 de junho – Assembleias para aprovação da Pauta pelos sindicatos
11/06 - Entrega da Pauta à ECT e instalação do Comando de Negociação
12/06 - Início das negociações
03/07 – Assembleia para deliberar o estado de greve e o indicativo da greve geral na ECT
16/07 - Término das negociações
18/07 - Assembleia de deflagração de greve
*Paralisação a partir das 22 horas do dia 18/07
*Demais assembleias intermediárias serão ajustadas pelo Comando de Negociação.

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