O sistema de franquias foi criado nos Estados Unidos pelo grande capital para aumentar ainda mais os seus lucros às custas do aumento da exploração de trabalhadores com salários e direitos cada vez mais reduzidos.Trazido para os Correios na década de 1990, as franquias foram introduzidas com o objetivo de entregar as agências próprias de Correios para a iniciativa privada.
Dentro dos quadros da Empresa, os trabalhadores mais comuns, aqueles que estão na linha de frente (OTT’s, carteiros e atendentes) sempre tiveram o cuidado de manter a qualidade nos serviços prestados por esta grande marca que é os Correios. Não é nenhum exagero dizer que tais funcionários levam a ECT nas costas.
Graças à política entreguista dos governos burgueses, a estatal vem sendo entregue à iniciativa privada desde a década de 90. Tal investida está sendo intensificada pelo atual governo golpista de Michel Temer e seus aliados políticos, financiados pelos monopólios imperialistas, que estão tomando de assalto o direito à permanência no emprego dos trabalhadores.
A franquia tem como principal objetivo o lucro imediato, enquanto que os Correios são uma empresa de bem-estar social, cujo papel institucional é ser o de agente de integração nacional e inclusão social. É inaceitável que o esquema do governo de favorecer as agências franqueadas em detrimento das agências próprias se sobreponha aos interesses do povo brasileiro. Isso sem falar que com tal entrega todo o aparato da ECT, o segredo comercial, os equipamentos, toda a logística e documentação são colocados à disposição do grande capital. É isso que está por trás da transferência da estatal para as mãos da iniciativa privada. Ou seja, os governos burgueses estão tirando da população usuária e dos trabalhadores este patrimônio nacional.
A ECT foi construída para atender e integrar socialmente a população brasileira, tanto que essa é a única empresa que está presente em todo o território nacional. Logo, programas sociais como a distribuição dos livros didáticos para as escolas, transporte de vacinas e órgãos para transplantes, cadastramento e recadastramento de programas sociais, programa de aleitamento materno, dentre outros, serão totalmente suprimidos com a privatização dos Correios. Neste momento, a estatal é um dos principais objetos de destruição do governo golpista.
Diante dessa política de concessão, privatização e terceirização que está sendo colocada em prática na ECT por meio do avanço das franquias, o SINTECT-MG chama todos os trabalhadores de sua base territorial e de todo o País a não aceitarem a imposição deste ataque. Tal investida fecha postos de trabalho, provocando a demissão de funcionários e a diminuição do quadro de trabalhadores concursados, além de piorar e encarecer os serviços.
Neste momento, é necessário que a categoria se mobilize e se organize em todos aos locais de trabalho para se contrapor a esta política de entrega e precarização. Os trabalhadores devem lutar para colocar o controle político e a produção da Empresa a cargo dos seus funcionários. Isso só será possível com eleições diretas para todos os cargos de direção da ECT. Só a luta conseguirá barrar de vez a manobra de expropriação e roubo que está em andamento através das Franquias, das terceirizações e da privatização.
Não ao fechamento de agências próprias!
Concurso público já!
Não à privatização! Privatização é coisa de ladrão!
Por um Correio público e de qualidade!